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Posts Tagged ‘mídia’

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Raphael Bontempo


“Qualidade e audiência não se excluem, mas, ao contrário, são o verso e o reverso da mesma moeda. Além disso, sendo a televisão um meio de comunicação de massas que entra compulsoriamente e de graça na casa de milhões de brasileiros, se eles não assistirem é porque alguma coisa está errada…”
Este é o parecer  do advogado José Henrique Reis Lobo, em artigo  públicado no caderno “Opinião” da Folha de São Paulo, no dia 29 de março (confira o artigo completo na seção “na íntegra”, à direira). Atual conselheiro da Fundação Padre Anchieta, José Henrique demonstra um posicionamento crítico pelo canal em que trabalha, e pede às emissoras uma reflexão sobre os rumos que estão traçando. “Insisto em que, para definir a programação da TV, dever-se-ia procurar saber, em primeiro lugar, se há público para o conteúdo que se pretende oferecer e, em havendo, apresentá-lo de maneira interessate e inteligente, tanto no formato quanto na linguagem e na estética”.

A opinião do advogado vai ao encontro da nossa discussão central, que procura alternativas viáveis para o destino da TV. A sugestão apresentada por José Henrique fortalece a idéia de se investir em “Infotenimento de qualidade”.

Mas qual seria a sentença adequada: privilegiar os padrões já consumados? ou apostar na reformulação de conceitos? Convém refletir…

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Infotenimento: sucesso ou decadência?

O conteúdo da televisão divide opiniões: sensacionalismo, perseguições políciais e notícias de celebridades são alvos de duras críticas de diversos autores. Por outro lado, há quem defenda o sucesso desta fórmula. Mas afinal: existe uma outra alternativa, capaz de reunir ética e audiência? O que é válido e o que merece ser revisto? A seguir, propõem-se discussões sobre o assunto, com o escopo de avaliar possibilidades e resultados.

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Ana Luisa Valentim

Luciano Martins Costa, em um artigo para o site “Observatório da Imprensa”, pontuou questões válidas no jornalismo atual. Exemplo: a encruzilhada do jornalismo dos dias de hoje, cada vez mais superficial e migrando para o “mundo virtual”. Entretanto, o jornalista parece analisar o “infotenimento” apenas pelo seu lado negativo, afirmando que o mundo atual carece de um jornalismo sério e aprofundado.

Fica ainda uma questão: será que o tal “infotenimento” é o demônio tão feio como tantos pintam? Obviamente, falando especificamente da televisão, existem programas que se encaixam em tal categoria e são completamente descartáveis. No entanto, não podemos deixar de lado que há tentativas de se fazer debates descontraídos e, ao mesmo tempo, bem-humorados e agradáveis, por vezes mesclando informações sérias com cultura popular, curiosidades e experiências dos próprios entrevistados. Um exemplo desse tipo de programa é o programa Sem Censura, da TVE Brasil, sediada no Rio de Janeiro. O que seria esse programa? Apenas entretenimento ou “infotenimento”?

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Thiago Baltazar


A popularização das novas tecnologias midiáticas, como todos sabem, possibilitou uma maior difusão do jornalismo na sociedade em todas as camadas sociais. Por conseguinte, aumentou o acesso às informações por ele divulgadas. Para atrair e se conectar melhor com seu leitor, aumentou, a partir da década de 90, o infotenimento (uso do entretenimento na produção informativa), como afirma Fábia Dejavite em sua pesquisa sobre o assunto.

Confira a pesquisa na seção  “na íntegra” (à direita).

Dejavite nos dá uma definição do que seria o infotenimento:

“(…)É o espaço destinado às matérias que visam informar e entreter(…). Por exemplo, os assuntos sobre estilo de vida, as fofocas e as notícias de interesse humano – os quais atraem, sim, o público”.

Essa aproximação do jornalismo com seu leitor por meio do entretenimento, é válida. Mas seria a melhor opção? Estaria ela sendo feita com qualidade? Alguns acadêmicos e intelectuais do meio não encaram com entusiasmo esse tipo de abordagem na informação. Cíntia Sacramento, em seu Blog Interconectividade, comenta que as mídias mais recentes “se transformaram em um meio de infotenimento estando mais relacionada com o entretenimento que informação. (…). Estamos no Infotenimento Social em que o mercado do entretenimento estará sempre na vanguarda das tecnologias digitais, já que é o ‘circo’ que dá lucros.”

O jornalismo, então, é um produto a ser explorado pela indústria do entretenimento ou seria o entretenimento que está sendo utilizado como um artifício para atrair leitores e  espectadores? Na realidade, ambas as respostam estam certas. O que as diferencia basicamente são as questões econômicas,  éticas e culturais do veículo, do comunicador, e a demanda .

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Raphael Bontempo

datena231 “… Os meios eletrônicos de comunicação são complacentes em ceder informação rápida, para aqueles que não possuem tempo de ler jornais. Mas estas mesmas pessoas teriam algum tempo reserva, para decidir se o que elas estão assistindo são notícias genuínas ou apenas uma informação embalada? (…) enquanto muitos argumentam que passaram os tempos áureos do jornalismo, da televisão com Hard News, outros simplesmente defendem que seu formato nunca esteve muito distante do que se tornou hoje…”

Estas são algumas das indagações lançadas por Nicole Morell, da Universidade de Rhode Island, em seu artigo Are Television News Programs Becoming Nothing More Than Infotainment? No texto, são apresentados alguns acontecimentos divulgados pela TV norte-americana a partir da década de 60, que anunciavam o começo do que hoje é conhecido por Infotenimento. A autora explica que eventos televisionados, como o Movimento dos Direitos Civis e a Guerra do Vietnã, tornaram os americanos mais convictos em sua programação, devido à atualidade dos fatos. “Há quem argumente que a dependência nos noticiários da TV, em cenas horríveis da guerra brilhando na tela, conseguiram atingir a atração pública”.

Matthew Nisbet, Professor de Comunicação da Universidade Americana, lançou há alguns anos um artigo no qual criticava o Infotenimento – para ele, temas como o sensacionalismo, celebridades, fenômenos paranormais dentre outros solapam a credibilidade dos principais conglomerados da mídia.

Há muito, ouço a máxima na qual “tragédia vende”. Difícil imaginar o contrário…

Quando um programa lança mão da violência, recorre ao apelo popular, “porque nosso jornal, antes de mais nada, é uma prestação de serviço…”A hipocrisia chega a ser engraçada. Mas o noticiário não: mastiga a carne massacrada pela crônica urbana. A morte, o latrocínio, o estupro ganham tons de chacota. Sabemos bem disso. Falar a respeito é como chover no oceano.

Então, o problema é maior. Porque eventualmente assistimos.

Somos sádicos?

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